Tentar dizer não para uma pessoa se torna uma tarefa muito mais fácil quando comparada a tarefa de dizer não à você mesmo. Pior ainda: dizer não para o seu coração.
Me pego, sem querer, pensando em coisas que tento esquecer, em momentos ao qual preferia ter problema de armazenamento de memória de longa duração. Porque será que certas coisas que nossa própria mente e coração quer esquecer mas ainda sim é armazenada na nossa memória de longa duração? Deveríamos poder escolher o que armazenar ou não. Queria que minha vontade racional fosse um ditator militar, ao qual governaria sobre todas as outras forças emotivas do meu corpo.
Eu tento e tento tanto. Mas no final do dia, é você que vêm a minha mente.
Tenho que dizer não para mim mesma, dizer que não, isso não vale mais a pena. Não vale mais a pena as lágrimas derramadas, os potes de sorvetes vazios, e a imensidão de livros na minha estante direcionados a relacionamentos. Não, não vale a pena se sentir do tamanho de um átomo. Não vale a pena se sentir como se o futuro não tivesse mais esperança e a vida tivesse se acabado.
Mas, eu me pergunto, como eu tiro tudo isso da minha cabeça? Como se transforma algo que um dia foi tão bom em algo ruim? E será que é realmente necessário transformar algo bom em coisa ruim para que possamos viver em paz?
Será que viverei em paz algum dia? A dúvida e a incerteza do que aconteceu me perseguem e não querem ir embora.
Tento dizer não a tudo isso.
Estou tentando, mas estou fracassando.
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