Saturday, July 14, 2012

Lar, doce lar.

Há muitos tempo venho perambulando por aí tentando achar o meu verdadeiro eu e o meu verdadeiro lugar.
Há muito tempo vejo muitas tempestade de trovão em meio a alguns raios de luz esporádicos.
Nas chuvas, tempestades, ventanias e alagamentos eu me pergunto aonde estar o meu próprio lar.
Aonde eu pertenço? Meus olhos não param... eu procuro e procuro e só acho mais tempestades.
Eu sei que esse lugar existe. O difícil é saber se já cheguei lá ou não.
Eu sou que nem aquela criança quando viaja com os pais e pergunta de cinco em cinco minutos se já chegamos. Impaciência predomina. Angústia alaga minha alma. Eu sei que a viagem valerá a pena, mas quanto tempo mais, Senhor?

Parece que toda vez que eu penso que tudo está perdido, eu me perco mais ainda.
Parece que toda vez que eu penso que me achei, eu me equivoco e mal consigo me reconhecer no reflexo do espelho.

Eu devo estar fazendo tudo errado mesmo.

Preciso mudar de direção.
E já.
Só não sei por onde começar, aonde começar, e para onde ir.

Encontro-me em um labirinto infinito.
Sem ninguém ao meu redor,
Sem sol,
Sem mar,
Sem pássaros,

Apenas eu e a chuva.

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