Friday, May 29, 2009

50 dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.

Manual de etiqueta sustentável

16. Não há nada mais fora de moda que usar a mangueira de água para varrer a calçada, a chamada “vassourinha hidráulica”. Em 15 minutos, 280 litros de água escorrem para o ralo inutilmente. Espante a preguiça, pegue a vassoura, junte a sujeira, recolha com a pá e só depois enxágüe o chão.

17. O que há de errado em tomar água “torneiral”? Saiba que ela é bem tratada antes de chegar a sua casa. então, instale um purificador na torneira e se esqueça dos incômodos garrafões. O consumo de água engarrafada envolve o transporte em veículos a diesel. É preciso dizer mais?

18. Fique de olho em vazamentos nos encanamentos e não deixe torneiras pingando inutilmente. É economia líquida e certa de água e de dinheiro.

19. Pense com carinho na possibilidade de colocar acumuladores de energia solar e de coleta de água das chuvas em sua casa. Novos prédios já estão tomando essas medidas. Pode ser um bom investimento para você. E um alívio para o planeta.

20. Muito luxo produz muito lixo. Pense antes de sair comprando tudo o que aparecer. Com essa atitude você faz a diferença, combatendo o desperdício, diminuindo a montanha de embalagens descartadas e, de quebra, espantando as dívidas.

21. Leve o campo para dentro de sua casa em plena cidade grande: cultive uma pequena horta em vasos ou mesmo num cantinho do quintal. Além da higiene mental, você colherá ervas, condimentos e hortaliças frescas diretamente da terra.

22. Restos de alimento que você despeja na lixeira são bons fertilizantes orgânicos. Parece incrível, mas espalhar casca de ovo, de fruta e de legume, pó de café, saquinho de chá e pão velho nos vasos ajuda a deixar as plantas mais fortes e bonitas.

23. Sofrer em engarrafamento para ir ao banco e depois testar a paciência numa fila interminável são coisas do passado. Faça uso da tecnologia, colocando em dia todas as suas transações financeiras pela internet, sem sair do conforto de casa.

24. Que tal fazer compras caminhando até o mercadinho perto de sua casa ou divertir-se indo à feira a pé toda semana? Vá lá, pode ser que um ou outro produto esteja um pouco mais caro que naquele hipermercado de sua preferência. Mas pense na economia de combustível e de paciência que você terá sem precisar procurar vaga no estacionamento lotado.


...Continua no próximo post.

Wednesday, May 27, 2009

50 dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.

Manual de etiqueta sustentável

1.
Na hora de comprar um carro, faça um cálculo simples de qual o tamanho ideal para suas necessidades. Veículos maiores consomem e poluem mais. Modelos do tipo flex fuel estão adequados às normas de proteção ao meio ambiente. Lembre-se: prefira abastecer com etanol.

2. Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto. Use-o com moderação, em especial se tiver um enorme 4x4 a diesel. Ande mais em transporte coletivo ou reabilite sua magrela.

3. Compartilhe seu carro. “Pratique a carona solidária e diminua a emissão de poluentes, levando pessoas que fariam o mesmo trajeto separadamente”, recomenda o ambientalista Fábio Feldmann. Você vai se tornar o cara mais simpático da cidade.

4. Carro requer manutenção, não tem jeito. Faça uma regulagem periódica, sempre que possível. Troque o óleo nos prazos indicados pelo fabricante, verifique filtros de óleo e de ar. Todas essas medidas economizam combustível e ajudam a despejar menos CO2 no ar.

5. Que tal lavar o carro a seco? Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a tradicional, que consome centenas de litros do precioso líquido. Pense também em lavar menos seu carro.

6. Tem atitude mais grosseira que atirar lata ou outros dejetos pela janela do carro? O castigo para essa gafe é garantido: os resíduos despejados na rua são arrastados pela chuva, entopem bueiros, chegam aos rios e represas, causam enchentes e prejudicam a qualidade da água que consumimos.

7. Os aparelhos que ficam dia e noite em modo stand by são mais uma nova invenção em nome do conforto. Só esqueceram de dizer que isso consome energia sem necessidade. Puxe a tomada de todos eles quando não estiverem em uso e tenha certeza: o valor de sua conta de luz vai cair bastante.

8. Na hora de comprar eletrodomésticos, escolha os mais eficientes. É possível reconhecê-los pelo selo do Procel (nas marcas nacionais) ou Energy Star (nos importados). Detalhe: isso não custa nada.

9. Viva seu dia com luz natural. Abra janelas, cortinas, persianas, deixe o sol entrar e iluminar sua casa em vez de acender lâmpadas. Além de fazer muito bem ao seu humor, você também vai economizar dinheiro no fim do mês.

10. Mude sua geladeira e seu freezer de lugar. Ao colocá-los próximos do fogão e de áreas onde bate sol, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Aproveite para avaliar com seus botões: será que você precisa mesmo de um freezer?

11. Idéia luminosa é trocar as lâmpadas incandescentes do banheiro, da cozinha, da lavanderia ou da garagem pelas fluorescentes. O motivo é para lá de convincente: elas duram até 10 vezes mais, são mais eficientes e economizam até um terço de energia elétrica.

12. Ventiladores de teto consumem muito menos energia que os aparelhos de ar condicionado. Tudo bem, você prefere o ar condicionado. Então, ao menos use-o racionalmente, com portas e janelas fechadas e os filtros regularmente limpos.

13. Evite a torneira elétrica nos dias quentes. Aliás, para quê esquentar a água da pia se vivemos num país tropical? Pense nisso.

14. Atire a primeira pedra quem nunca esqueceu o carregador do celular ligado na tomada. Acredite: esse pequeno descuido gasta energia elétrica.

15. Pendure as roupas no varal em vez de usar a secadora. Recorra a ela apenas em casos mais urgentes. E aquele truque de colocar panos e roupas para secar atrás da geladeira deve ser abolido, pois consome energia extra.


...Continua no próximo post.


50 dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.

Veja como é possível promover pequenos gestos que conduzirão a grandes mudanças se forem adotados por todos.

O jogo mudou

Ecologia deixou de ser um assunto restrito a entusiastas e cientistas. O tema, muitas vezes visto como árduo no passado, agora ocupa as manchetes de jornais e, até, as colunas sociais.

O que era chato ficou chique. Empresas, mídia, governos, bancos, astros de Hollywood e do Brasil passaram a discutir – com urgência – como fazer para salvar o homem do aquecimento global e melhorar a qualidade de vida na Terra. A noção de sustentabilidade – desenvolvimento que não compromete o futuro – começa a ganhar as ruas.

Este "manual" quer provar como é possível promover pequenos gestos que conduzirão a grandes mudanças se forem adotados por todos nós. Um bom começo é praticar os “três erres”: reduzir, reutilizar e reciclar. As dicas e informações que você vai ler aqui podem ser aplicadas no dia-a-dia agora mesmo, em sua própria casa, no trabalho, circulando pelas ruas e em sua vida pessoal.

A luta pela sustentabilidade será vencida em diversas frentes – que vão da tecnologia à política. Mas em todas elas será preciso a mudança de hábitos pessoais. Veja como começar a modificar os seus. É preciso fazer algo. E devemos fazer já.

O que você precisa saber para fazer um planeta melhor

Entenda porque é tão importante reduzir o consumo de três itens imprescindíveis nos dias de hoje: água, energia elétrica e combustíveis

Água: ela até cai do céu, mas é um recurso esgotável e raro em muitos lugares do mundo. Se, em apenas cinco minutos, você escovar os dentes com a torneira escancarada, 12 litros de água potável serão desperdiçados.

Energia elétrica: o consumo cada vez maior requer a construção de mais usinas hidrelétricas e mais florestas vão desaparecer para dar lugar a elas. O simples gesto de desligar as luzes dos ambientes, quando estiverem vazios, pode ajudar a evitar isso.

Combustíveis: a queima dos fósseis, como o diesel e a gasolina, é a maior responsável pela emissão de gases do aquecimento global. Segundo o urbanista e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, “nas grandes cidades são produzidos 75% de todo o CO2 jogado na atmosfera”. Pense nisso antes de entrar no carro só para ir à padaria da esquina.



As 50 dicas estarão na próxima postagem!

Sunday, May 24, 2009

Cansado das promessas de salvar o planeta?

Não se iluda: ninguém vai salvar o planeta. Ele simplesmente não precisa ser salvo. Está muito bem, existe há 4 bilhões e meio de anos e já passou por situações muito, mas muito piores, do que a “incômoda e encrenqueira” presença dos seres humanos e sua poluição industrial de 200 anos.

“Nos achamos muito importantes e agora todos querem salvar alguma coisa. Salvar o planeta? Nós nem sabemos cuidar de nós mesmos!”, criticava no vídeo o humorista George Carlin, que, há quase um ano, morreu de infarto.

Para ele, assim como 90% das espécies que já existiram no planeta e foram extintas – “25 espécies desaparecem todos os dias e nós não matamos todas elas!” –, também desapareceremos e nosso fim já começou.

De que maneira? Carlin sugere que talvez a Terra tenha ‘pensado’ em um vírus – que entra em mutação sempre que uma nova vacina é desenvolvida, compromete a imunidade dos seres humanos, de modo que eles fiquem vulneráveis a toda e qualquer doença, e seja transmitido sexualmente, para que a espécie tenha medo de se reproduzir.

E porque o planeta permitiu que estivéssemos aqui até agora? “Pelo plástico! A Terra não tem preconceito contra o plástico, ele saiu dela e é só mais um de seus filhos. Ela queria plástico, não sabia como fazer e precisava de nós!”

Num tom espiritualista, Carlin acreditava que somos parte de uma sabedoria maior que está além de nossa compreensão, a que ele chama de Grande Elétron. “Ele não pune, não recompensa e nem mesmo julga. Ele simplesmente é. E nós também somos, por um pouco de tempo”.

Wednesday, May 20, 2009

Números...


Em março, o movimento Planeta Sustentável apresentou um estudo de emissões de gases do efeito estufa (GEE, responsáveis pelo aquecimento global) elaborado pela empresa de consultoria McKinsey & Company. O objetivo do relatório é avaliar quanto o Brasil emite em 12 setores da economia e quanto custaria reduzir as emissões em 70% até o ano de 2030.

O debate sobre a redução de GEE será tema de uma reunião - que ocorrerá no fim deste ano, em Copenhague - com consequências sobre o futuro do planeta. O Brasil tem papel de destaque nessa discussão por ser o quarto maior emissor de GEE. Somos também um dos países com maior potencial de redução desses gases a um custo baixo, com tecnologia pré-existente.

De acordo com a McKinsey, o custo médio do Brasil para o abastecimento de 70% das emissões até 2030 deve ser de 9 euros (cerca de 27 reais) por tonelada de CO2, metade da média mundial.

Saiba mais sobre o estudo da McKinsey no site do planeta sustentável

SACOLAS: optar pelas duráveis, como faziam nossos avós

O mundo produz sacolas plásticas desde a década de 1950. Como não se degradam facilmente na natureza, grande parte delas ainda vai continuar por mais de 300 anos em algum lugar do planeta. Calcula-se que até 1 trilhão de sacolas plásticas são produzidas anualmente em todo o mundo. O Brasil produz mais de 12 bilhões todos os anos e 80% delas são utilizadas uma única vez!
Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, elas entopem esgotos e bueiros causando enchentes. São encontradas até no estômago de tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos mortos por sufocamento.
Várias redes de supermercados do Brasil e do mundo já estão sugerindo o uso de caixas de papelão e colocando à venda sacolas de pano ou de plástico duráveis para transportar mercadorias.
Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um custo incalculável para o meio ambiente!

Sunday, May 17, 2009

E o Oscar de menos verde vai para...

O Treehugger acaba de ouvir 20 mil pessoas e eleger os produtos, pessoas e lugares que mais geram impacto sobre o meio ambiente. Confira as categorias e os respectivos ganhadores (ou perdedores, melhor dizendo):

CARRO:
Lamborghini Murciélago - Com 631 cavalos, custa entre 350 mil e 405 mil dólares e consome 4.395 dólares em gasolina por ano – seu rendimento é de 3 a 5 Km por litro.

CASA:
Antilia - A mansão mais cara do mundo – de 1 bilhão de dólares – do indiano Mukesh Ambani tem seu próprio centro de beleza e saúde, um teatro, pista de pouso para helicópteros, 600 empregados, uma garagem para 168 carros, 9 elevadores e um jardim por andar. O espaço poderia, facilmente, abrigar boa parte dos favelados da Índia.

APARTAMENTO:
En-Suite Sky Garage - Localizado na cidade de Chelsea, no estado de Nova York, é o único prédio no mundo em que cada morador chega até o elevador de carro e o estaciona em seu próprio apartamento, que tem uma garagem de quase 28 metros quadrados.

CELEBRIDADE:
Mariah Carey - A moça usa seu avião a jato exageradamente, inclusive para mandar buscar seu personal trainner de St. Barts a Nova York para suas sessões de exercícios físicos.

EMPRESA:
General Motors - O ex-chefe da companhia, Bob Lutz, disse uma vez que acreditava que o aquecimento global era conseqüência do sol. Em 2007, eles foram eleitos como a segunda fábrica de carros mais poluidora dos Estados Unidos e nos últimos dois anos produziram os carros com maior consumo de gasolina por quilômetro rodado.

PAÍS:
Afeganistão - Na capital, Kabul, a quantidade de dióxido de nitrogênio no ar chega a 52 ppm – proveniente de desmatamento, veículos muito velhos e o uso de combustíveis mais poluentes do que o permitido – e mata cerca de 3 mil pessoas (4% da população) por ano.


Se a pesquisa fosse no Brasil, a quem você daria o Oscar de menos verde?

Monday, May 11, 2009

Não basta entusiasmo.

Texto por Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, é consultor da ONU para assuntos relacionados a urbanismo e conselheiro do Planeta Sustentável.

O termo sustentabilidade se tornou objeto de desejo de muitos. Porém, nem todos aplicam o seu conceito na íntegra ou de forma correta. Em muitas das reuniões de que participei mundo afora encontrei os mais diversos absurdos, como nos Estados Unidos, onde prefeitos declaram ser a favor do Protocolo de Kyoto, mas, por outro lado, não têm nenhum projeto em ação.

Diante de cenários como esse, me pergunto de que adianta apoiar o protocolo se não há empenho para resolver os problemas essenciais à sustentabilidade. Receio também que as pessoas não sejam capazes de diferenciar o que é fundamental para promovê-la em todos os aspectos. Concordo que a reciclagem e o desenvolvimento de novas fontes são de extrema importância.
Até os greenbuildings - moda nos Estados Unidos e que vêm ganhando adeptos no Brasil - são uma alternativa aos efeitos do aquecimento global. Mas até onde iremos com isso?

Lembro-me de quando era prefeito de Curitiba, na mesma época em que aconteceu a Eco-92 e todos os professores da cidade demonstravam entusiasmo com as possíveis soluções para os problemas ambientais. Mas sempre ressaltei que não basta ser entusiasta, é necessário ter conhecimento. E hoje vivemos um mundo entusiasta da sustentabilidade, porém não há muito conhecimento. Acredito que três ações são importantes para se tornar mais sustentável, sendo a primeira a redução do uso do automóvel. É claro que esse item é possível apenas se obrigarmos os dirigentes públicos a proverem suas cidades de um bom e eficiente sistema de transporte. Além da melhoria dos transportes públicos, morar perto do local de trabalho é indispensável.
Hoje, as cidades estão dispersas e isso gera um grande desperdício de energia, até mesmo a do ser humano. Outra atividade, e até mais simples, é a separação do lixo. Em minha opinião, a sustentabilidade reside entre o que você poupa e o que desperdiça. É uma equação simples.

Para termos um mundo melhor para as futuras gerações não devemos esquecer do principal, as crianças. Nosso papel é ensiná-las a desenvolver o senso de responsabilidade em relação à sustentabilidade. Essa marca tem de vir dos pequenos, caso contrário eles serão manipulados de acordo com outros interesses.

Change: we need








Mudar sempre é bom. Principalmente quando é para melhor. E é isso que vai acontecer por aqui.

Ando meio relapsa com esse blog pois, confesso, nem eu tenho mais interesse nesses textos metafóricos que só tem significado pra mim, se é que tem.

A partir de agora, vou me direcionar para textos um pouco mais científicos e que diz respeito às ciencias em geral e, principalmente, serão textos relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade, ecologia e etc.

Textos críticos, atuais, de minha autoria ou não. O que importará aqui vai ser apenas deixá-los informados à respeito de todo o panorama ambiental no Brasil e no mundo.
Números, protestos e polêmicas vão estar sempre por aqui a partir de agora.


Enjoy!